Na última parte da história da kombi, vamos falar dos últimos 39 anos (!!) da história deste utilitário no Brasil. Até 1975, as kombis tinham, no Brasil, praticamente a mesma cara dos modelos produzidos desde 1963. Então ela passou por uma reestilização que deu origem a versão conhecida com clipper, que é, provavelmente, a "cara" mais conhecida deste veículo. É interessante citar que a versão brasileira era diferente da produzida na Alemanha desde 1967. Enquanto a versão alemã tinha duas grandes janelas laterais e porta corrediça, a brasileira manteve o conjunto de quatro janelas laterais planas e uma abaulada na parte traseira, além das portas que abrem em direções opostas. Isto fez o modelo daqui diferente de todos os outros modelos produzidos no mundo. Além disto, o motor passou a ser 1600 cc ("1.6")E assim ficou por 22 anos, sem praticamente nenhuma mudança.
Em 1997, finalmente, foi lançada a versão carat, que tinha a mesma configuração da kombi alemã de 1967. Além disto, tinha o teto mais alto. Foi o último veículo produzido no mundo com o motor boxer refrigerado a ar que tinha equipado o fusca. Então, em 2005, a kombi recebeu o motor 1.4 que equipava o vw fox. Refrigerado a água, o motor era 30% mais econômico que o anterior e tinha 13 cv a mais na versão a álcool. Recebeu novo painel (também do fox) e ganhou novo folego. Em 2014, porém, a produção da kombi foi interrompida por causa da exigência de que os veículos teriam que ter air bags e freio ABS, ambos equipamentos incompatíveis com o layout da kombi. Assim, após 56 anos e quase um milhão de unidades, encerrou-se a história deste valente utilitário.
Kombi clipper, produzida a partir de 1975.
Kombi carat, versão produzida a partir de 1997.
Versão final da kombi, fabricada a partir de 2005, com motor refrigerado a água.